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Fechar ciclos

  • Foto do escritor: Kátia De Benedetto Pacheco
    Kátia De Benedetto Pacheco
  • 3 de mar. de 2024
  • 2 min de leitura
A vida é feita de ciclos e cada ciclo tem seu começo, meio e fim. Nem sempre estamos prontos para fechar ciclos, mas aprender a encerrá-los nos ajuda a seguir em frente, sem nos sentirmos presos a algo que não faz mais sentido na própria vida.

A dificuldade em encerrar os ciclos geralmente está associada a sensação de perda que vem junto com ele. Todo fechamento traz perdas e lutos e é preciso estar preparado para os sentimentos que estão envolvidos neste processo. O luto é o conjunto de reações, sentimentos e experiências de quem perde algo ou alguém, e o seu processo de elaboração não é constante e linear. Gosto da imagem de um pêndulo utilizada pelo Modelo do Processo Dual do Luto de Stroebe e Schut. Neste modelo, o luto é compreendido como um processo de elaboração que tem o movimento pendular: em que horas a pessoa estará mais orientada para a perda e outras mais orientada para a restauração. Com o tempo este pêndulo vai diminuindo sua amplitude, até que se chegue a elaboração do luto.

É natural que as pessoas se sintam mais confortáveis com o que lhe é conhecido e mais familiar, mas fechar ciclos é importante para o desenvolvimento pessoal. Se por um lado fechar ciclos traz os sentimentos próprios do luto, por outro também traz progresso pessoal.

Se abrir para a mudança e se despedir de uma realidade antiga, que não faz mais sentido na sua vida atual, deve ser feito de forma consciente. A despedida é uma maneira de aceitar sua nova realidade. Encontre um significado para o ciclo que está fechando, pontue para si próprio os bons e maus momentos da experiência que teve e nomeie os sentimentos despertados. Isso tudo vai lhe ajudar a dar um significado para esta experiência e facilita o encerramento do ciclo.

Quando fechamos ciclos de forma consciente, podemos ter paz com nosso passado recente e tranquilidade com o seu presente. Afinal, todo fechamento implica em um recomeço, e é nesse recomeço que devemos colocar nossa atenção e dedicação.

A mudança pode ser assustadora no início pelo medo do desconhecido, mas aos poucos esse desconhecido vai se tornando familiar. Olhe para trás e veja quantos inícios na sua vida eram amedrontadores e depois se tornaram amigáveis e familiares. Aceitar a mudança como parte da vida, nos ajuda a encarar os desafios com maior segurança e colocar em prática tudo aquilo que aprendemos em experiências anteriores.

O "novo" que a mudança traz, nos permite mais felicidade e satisfação em nossas vidas, pois estaremos mais alinhados com nossos objetivos e valores pessoais, permitindo uma vida mais coerente e autêntica.

Independente do ciclo que se fecha: morte de um ente querido, separação conjugal, perda do emprego ou aposentadoria, o processo pode não ser fácil. Se você percebe que precisa de ajuda para lidar com seus fechamentos de ciclos, a psicoterapia pode lhe auxiliar a vencer este desafio!

 
 
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